Flor
E de todas as fases de um amor suburbano, de todas as fases de um amor floriano, de todas as fases de um amor qualquer, mas digo, dos que permanecem naquelas manhãs cinzas de segunda-feira. De todos aqueles, dos que permanecem mesmo com a grosseria de um sábado à noite, dos que permanecem quando a grana falta para os passos cotidianos, dos que permanecem quando as brigas viram rotineiras, dos que permanecem quando a bad e a melancolia falam um Oi por uns dias, dos que permanecem quando o fundo do poço te abraça e seu estado de espírito muda. De todos esses, todos esses, pois amar na sexta-feira de verão é fácil, amar quando a pessoa só sorri o tempo todo, é moleza, amar quando a pessoa não te conta os problemas pessoais, os medos, as angustias dela, é mega tranquilo.
O amor tudo suporta quando, em suma, traz na bagagem tantos outros sentimentos, traz o companheirismo, a compreensão e a paciência para uma segunda-feira cinza, por exemplo. O amor tudo crê, quando a coragem de largar a vida comoda transparece no olhar. O amor tudo espera, quando você troca sua calmaria, pela intensidade da incerteza. O amor é um sentimento com S maiúsculo e deve ser respeitado como tal. Então, de todos os amores possíveis, todos os amores impossíveis, todos que florescem e transbordam sem medo, sem receio, sem esperar amanhã para começar amar.
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