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E você chegou, como de esperado, quebrando a porta. Veio na explosão da emoção e ao menos pediu licença e permissão pra ficar, simplesmente se alojou sem muitas palavras.
Causou arrepios, naquela parte do corpo, que o pescoço vai de encontro com a orelha. Causou o sorriso inesperado das vezes que a sua explosão me fez ficar brava.Causou simplesmente por causar. 
Veio com o jeito de menino encorporado no corpo de homem, veio com o sorriso fácil, com a piada sem graça na ponta da língua. Simplesmente veio com o abraço, com o beijo, com o estresse, com tudo que caberia dentro de um potinho, mas não coube,  transbordou e o pote foi incapaz de fechar, mesmo com tantos pulinhos.
E na intensidade que me cobre, fomos com medos, receios, expectativas no enrolo, do nosso rolo sem fim. Fomos para além que imaginávamos, somente fomos caminhando com tantas risadas, brigas, e explosões cotidianas. 
E nosso caso indefinido, como diz aquela musica é tão nosso, que não pode pertencer a mais nenhum casal. Os nossos sorrisos são tão nossos, que não podem pertencer a mais nenhuma boca. A nossa hora da raiva é tão nossa, que os nossos xingamentos não podem pertencer a mais nenhuma raiva. A nossa bagunça é tão nossa, que sinceramente não pode pertencer a nenhum encontro que não seja nosso.

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