Livre borboleta




Livre, como uma borboleta que acabou de sair do casulo e precisa voar. Borboleta que precisa aproveitar o seu único dia de vida. Borboleta que voa sem direção nenhuma, voa sem quaisquer medos, aflitos, receios e frustrações. Borboletas que vão sem ao menos saber para onde voltam. 
Livre, libertada e dada ao novo ciclo, ao ''bem vinda a fase adulta'', ao incerto, ao inesperado, ao tudo que prometeram e que não vão cumprir. Livre a tudo que possa acontecer, de tudo que estar por vim, das noitadas, das domingueiras, das madrugadas viradas fazendo  trabalho da faculdade, das meninices, dos tombos e dos acertos, dos estopins,das reviravoltas, das vezes. Libertada da fase anterior, da minha adolescência que daqui uns dias já me despeço.
Livre das amarras criadas, dos pré-conceitos deixados numa caixinha de memória que já não me cabe mais, que já não serve mais. 
Livre, simplesmente, simples, mente livre. Sorrindo para o vento, e para o sol, agradecendo a chuva e a tempestade, preparada para todas as estações, desde o quentíssimo verão até o geladíssimo inverno. Esperançosa ao desconhecido, e sorrindo para aqueles que estão passando pelo seus ciclos sem temer a nada e nem a ninguem. Ansiosa ao extremo e ao mesmo tempo firme. 
Livre, dos pés a cabeça, da ideologia de tolerância e igualdade a todas crenças, etnias, cores, sabores, jeitos, sexualidades, maneiras, modos e de toda diversidade imposta composta na nossa sociedade. Livre de tudo que não me agrega, não me soma e nem me difere, não me compõe e não me representa.
Livre e atras do meu casulo. 

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