De ontem, com sabor de chocolate






E no meio da tarde a chuva parou, meu coração esfriou, e lagrima desceu devido a emoção com um drama qualquer. No meio da tarde, tive vontade de escrever, e colocar sobre qualquer papel o turbilhão de sentimentos que eu estava lhe dando, devido acontecimentos alheios.
Voltei pro meu refugio, pedi um abraço pra solidão, e nela consolei todas as minhas aflições secretas. Quis tampar meus ouvidos da desordem intensa e barulhenta, apenas para ouvir aceleradamente a adrenalina do meu coração, e no meio dessas aflições encontrei tudo aquilo que podia ter encontrado, barras e barras de chocolates e lamentações sem fim.
E nessa tarde que já se foi, retomei as lembranças de anos atras, e tive aquele déja vu épico e senti uma saudadezinha aguda do bons momentos que não voltam mais.
Desejei o colo das pernas que não estavam ali, desejei o cafuné das mãos que estavam ausentes, desejei palavras aleatórias de alguém que pudesse me fazer rir, e que pudesse fazer com que eu deixasse as barras de chocolate de lado, e sinceramente ?! Fiquei no maldito desejo, este que não é, e nunca foi tão secreto quanto as minhas aflições.
A tarde foi embora, junto com a chuva que lhe trouxe, mas em mim permaneceu os pensamentos e as crises que me trouxe como um brinde, os tempos que eu não passava uma sexta a tarde em casa. Foram crises, crises de pensamentos excessivos, contradições nas entre linhas, e  muito amor e guerra de uma menina qualquer que vive no caos permanente e iminente de São Paulo. Foram barras e barras de chocolate que me fizeram sentir redondamente bem, depois que anoiteceu. 



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