Minhas raízes
Escuto pura cultura, e vivo na minha intensa ideologia. Peço meus morangos cobertos de amor e de tudo que possa mastigar e manter apenas por um instante dentro de mim.
Discuto com as minhas aflições e dilemas que me conquistaram de baixo de tantas árvores dessa cidade tão suburbana. Vejo o movimento continuo e perplexo de corpos tão distintos se opondo a oposição ditada pelos engravatados do palanque.
Renuncio minha vergonha na cara e minha timidez desnecessária e peço ao povo um pouco mais de bom senso nesse concesso tão absurdo e desonesto. Renuncio das fracas ideologias impostas de maneira sutil e até mesmo despercebida. Renuncio pelos falsos moralistas que fazem sozinhos a corrupção oportuna da desumanidade. Quero e exijo a felicidade das árvores que fazem a nossa fotossíntese e que além disso nos trazem a paz da insatisfação obrigatória com o processo lento e o sistema pelo qual vivemos.
Me infesto da loucura de querer a constância mudança de buscar concertos, ideologias ,loucuras que não me deixa esquecer que os meus heróis morreram de overdose, e que meus ídolos discursam de maneira simples, com sotaque de quem diz : '' vai, e quando voltar, faz e traz tudo aquilo que eu não pude, vai pro mundo minha filha, que meu coração baterá de saudades. ''
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