Bagagem

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Coloquei as coisas necessárias na bagagem suburbana da vida, fiz meu café rotineiro da madrugada esgotada e fui lá, sonhar acordada com as possíveis historias que contaria daqui uns anos. 
Fiz planos secretos, contei eles a algum papel qualquer, que mais tarde deixarei jogado ao vento. Deixei as coisas jogadas pelo quarto e me senti totalmente confortável na minha bagunça. Percebi o quanto domingo é poético, domingo a tarde tem uma peculiaridade que me deixa a ver navios mesmo sem mares por perto, sorri tanto que nem imaginei felicidade por tão pouco, e fiz questão de registrar sem a necessidade  de postar. 
Ah, como é bom viver de poesia grotesca e ri com os amigos ao redor, até a barriga doer. Como é jovem escrever aqui ao som de Vanessa que tem a cabeleira tão brasileira quanto a minha. Como é intenso ser que sou sem precisar ser outra pessoa pra me torna quem, a criança que eu fui teria orgulho. Como é particular, escrever o que poucos entendem.
Peço somente aos céus e aos garçons que conhecerei, que me tragam copos transbordados de amor e paz, pois o resto é nos dado livremente. E peço na intensidade do ato  que sorrisos variados sejam tão felizes quanto o meu.

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