Centro



Pedi que eu fosse ao centro, não fisicamente, mas espiritualmente para esparecer  naquele lugar que me faz tocar o céu sem ao menos sair do chão. Gosto de estar lá, de estar perto de lugares que conheço, e outros que ainda estou descobrindo. Penso na vida como se ela fosse o centro de Sp, cheia de esquinas, de pilantras, de crianças, de velhos,  adultos buscando se descobrir, se conhecer, se achar, se olhar no  espelho e dizer : ''caramba, me amo do jeitinho que sou,  meio do avesso, meio perturbado, meio louco mas  apaixonado por mim''. Para mim, lá é o exemplo perfeito do ódio e do amor, da tristeza e da alegria, da doença e da saúde, da fartura e miséria  das flores e dos espinhos, do divertimento e da seriedade, do  egoísmo e da humildade, da vida e da morte. 
Sei que em meio tantas esquinas, monumentos, prédios me encontro quando preciso  respirar  fundo e mandar se f*#$@.É necessário extravasar de vez em quando, de gritar alto,de se escabelar como eu fiz espiritualmente,de querer resolver os possíveis problemas amanha de manha, de querer ter calma em  meio  a tanto nervosismo, e de querer segurar a lagrima e percebe que se afoga nas próprias. É necessário fazer isso e  ter um lugar especial para isso. 
Sou um tanto  podre para falar de problemas e sentimentos, mas podre no sentido de ser suspeita, sensível demais, de achar problema em quase tudo e  nem ter soluções para eles. Sou livremente  podre, confesso.Não esqueço absolutamente nada que me fez ser assim, cheia de confusões, de ''possíveis problemas'', de lugares que eu conheço e outros que ainda vou conhecer, de querer a todo custo decifrar tudo, de questionar, de olhar bem mais além dos olhos, de querer saber até onde vai o infinito, de sei lá, e de querer saber quem inventou o amor, o centro. 
E sinceramente ? Gosto de dizer o tal: ''caramba  me amo do jeitinho que sou, meia do avesso, meia perturbada, meia louca mas apaixonada por mim'', por que bem sinceramente mesmo, dentro de mim há um centro igual ou parecido ao de Sp e me aventuro nele sempre que quero  fugir desse mundo louco pelo qual vivemos, morremos esperando o dia seguinte para ser feliz e a sexta feira noite para se diverti. É, sou apaixonada por esses centros com tanta tamanha pilantragem. 

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