Uma overdose
Necessitava de um refugio, de um canto no silencio onde minha dor virasse poesia, ate por que a dor só é bonita em poesia mesmo. Apanhei de palavras absurdas, do amor, da saudades, apanhei e me deixei apanhar, não fiz nada, deixei a vida mostrar que é quem manda.
Queria um cigarro, uma erva, uma overdose de qualquer sentimento bom que me fizesse esquecer de tudo que me fez mal.
O sol acordou tão lindo, mas não é pra todos que ele brilha, eu estava lá no canto com o batom vermelho, meus olhos castanhos carregados de medo, tristeza e fiquei ali ate deixar fluir tudo que doía lá dentro. Aos poucos o que doía foi indo embora com o tempo, foi sendo curado, foi sendo reformado e dando espaço para sorrisos, olhos brilhantes, felicidade sem mais ou menos. Uma felicidade que me trouxe a luz que havia perdido.
Tive o conforto dos seus braços, tive o conforto do seu corpo que peguei emprestado por alguns dias, tive o conforto do seu silencio que respondeu todas minhas duvidas, aquelas sobre mim mesma.
Novamente a esperança ressurgiu, o sorriso pro mundo também, não adiantava culpa-lo pelo os males da vida, apesar de ser mal frequentado ser mais uma que diria foda-se não adiantaria muita coisa.
Eram dias necessários pra que a sonhadora aqui, colocasse um pouco os pés no chão e ter a noção que nada é tão colorido quanto parece, que geralmente tudo é preto ou branco. Me dei conta naqueles dias que realmente depois da tempestade o arco - iris sempre aparece e que a ordem sempre será essa.
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