A parada do ônibus
O horário nunca era o mesmo, ás vezes atrasada, outras não, ela pegava o buso de costume pra ir até a escola. Rodava a catraca e ia pro fundão do buso, quando não estava cheio ás 06h00 da matina, conseguia sentar num dos bancos, ouvia seu som, vendo o transito que sempre dominava aquela rodovia.
Na volta pra casa, ela voltava com as amigas, falando alto, rindo alto sem se importa com os olhares de estranheza dos outros passageiros do famoso João XXIII. Ela sabia que como os outros, o transporte público não é um dos melhores, mas sabia que todos ali junto com ela, todos os dias de manhã enfrentavam o busão lotado querendo e buscando uma melhor condição de vida.
Estudantes e trabalhadores indo pra destino diferentes. Busão que carrega pessoas tão diferentes, com sonhos tão diferentes, de lugares tão diferentes, e que muitas vezes essas historias se cruzam depois de um motorista, uma catraca e um cobrador.
A parada final chega, e mesmo passando raiva pelo fato dele demorar, vim lotado e se caro pela condição colocada aos que o utilizam, ela não trocaria seu veio João XXIII.
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